sábado, dezembro 30, 2006
quarta-feira, dezembro 20, 2006
No melhor pano, cai a nódoa!
A Direcção Geral de Contribuições e Impostos (DGCI), habituou-nos, nos últimos tempos, a acreditar que o famoso Simplex , já era uma realidade naquela unidade.
Por isso, quando no respectivo site, procurei, no início deste mês, a função de Simulação de IRS para 2006, tive uma grande surpresa. Resultado nulo. Ainda não estava disponível. Contactei a DGCI de imediato e fui informado de que deveria ir consultando periodicamente a página. Não havia previsão de disponibilidade.
Hoje, continua a não existir a dita função de Simulação. Porquê?
A alteração informática para adaptar a simulação do ano anterior à nova legislação é muito fácil. Por outro lado, há meses que essa legislação é conhecida. E se há momentos em que a simulação é importante, nenhum é maior do que este. Quando é necessário definir eventuais aplicações geradoras de poupanças fiscais.
Incompreensível, assim, a falta de cuidado da DGCI! Ou há instruções da tutela? Será que as simulações nos podem surpreender?
A ver vamos!
Posted by JFR at 9:41 da tarde 0 comments
domingo, dezembro 17, 2006
Paraísos Fiscais
A ser considerada constitucional a nova Lei das Finanças Locais, enviada pelo PR ao Tribunal Constitucional, irão nascer em Portugal vários paraísos fiscais. É que, eliminado o conceito de universalidade do imposto, as autarquias poderão diminuir a taxa de IRS, até um máximo de 5%.
Assim, pessoas com exactamente os mesmos rendimentos, o mesmo estado, o mesmo número de filhos, as mesmas deduções para saúde, educação, seguros, habitação, etc., os mesmos benefícios fiscais, pagarão um montante de imposto diferente só por terem a sua residência em locais diferentes.
Ou seja, será possível que, por exemplo, em Bragança, Lisboa ou Faro, os poderes autárquicos diminuam o montante de IRS aos cidadãos que residam naquelas cidades. O que poderá permitir que, um qualquer cidadão, compre ou arrende, nessas cidades, uma habitação, a definam como residência fiscal - apesar de não fazerem lá a sua vida -, e, por esse facto, diminuam a carga de imposto.
É claro que, serão os que melhor podem pagar os impostos aqueles que terão condições para pagar menos. Um pouco o que acontece com os mais bem pagos automobilistas, tenistas, golfistas, futebolistas, etc. quando usam Mónaco como local de residência para diminuírem a sua conta de impostos.
Será que pensaram nisso os nossos dotados governantes e representantes?
Posted by JFR at 1:22 da manhã 0 comments
quarta-feira, dezembro 13, 2006
4800 Criminosas? SIM e NÃO: que lhes parece?
"A lei vai configurar penas para as mulheres que abortem após as dez semanas, usando os meios clandestinos? E esses meios terão penas mais duras pela utilização desses meios, num ambiente legal mais aberto e que procura eliminar, se possível, a prática clandestina?"
É que do estudo se extrai que 27% das mulheres fizeram abortos para além das 10 semanas, logo, fora do futuro quadro legislativo/regulamentar que a pergunta do referendo implica.
Volto a dizer, se o estudo tiver alguma validade, teríamos cerca de 4800 mulheres/ano em risco de serem criminalizadas!
É isto que pretendem os defensores do SIM e do NÃO? Se não é, então em vez de nos massacrarem (ambos) com os argumentos estafados de "a mulher é dona da sua barriga" ou "somos pela vida", entre outros, digam, claramente, sem tibiezas e hipocrisias como pretendem responder a este e outros problemas, aqui anteriormente colocados.
Sem essas respostas, o referendo é apenas uma formalidade. Como muito do que passa em Portugal.
Posted by JFR at 9:07 da tarde 0 comments