Um Limite de Idade Escandaloso
As dificuldades com a sustentação da Segurança Social, motivaram uma série de alterações relativas à idade mínima para a reforma. Aumentando esse limite para níveis mais adequados à actual esperança matemática de vida. O que se aplaude.
Sem dúvida, quando hoje olhamos para um cidadão ou cidadã com 50/60 anos, o quadro mais corrente é apresentarem sinais de afastamento da velhice, quer no aspecto físico, quer nos comportamentos sociais.
Num quadro destes, é de esperar que as entidades governamentais criem condições e desenvolvam estímulos na sociedade civil, para que ao prolongamento da actividade estejam associadas oportunidades de as desenvolverem.
Será que isto está a ser feito? Alguns sinais, dizem-me que não. Pelo menos, com a intensidade conveniente que a gravidade futura do problema representará se tal não for considerado prioritário! Um desses sinais é o de continuar a ser permitido que os anúncios de emprego refiram limites de idade. É evidente que quem contrata, tem todo o direito de fazer a escolha de acordo com os parâmetros que considera mais adequados ao preenchimento da vaga em causa. Mas, tal como se está impedido de discriminar o género, parece ser de seguir o mesmo critério para a idade.
Tudo isto vem a propósito de uma situação aberrante e que diz respeito ao anúncio do Prémio Literário José Saramago publicado em alguns jornais. Nele, o Regulamento diz a dado passo isto: “O Prémio distingue uma obra literária no domínio da ficção, romance ou novela, escrita em língua portuguesa, por escritor com idade não superior a 35 anos, ....”. O anúncio é subscrito pelo Ministério da Cultura!
Pasme-se! Não só se limita a idade de produção literária capaz, como se define uma idade que é muito típica nos anúncios que já não querem “velhos” com 36 anos ou mais anos! Com o apoio do Governo que entende - e bem - que os portugueses devem trabalhar até mais tarde.
Mas, escândalo, verdadeiro escândalo é que o dito prémio use o nome de um escritor cuja primeira obra divulgada é um poema que publicou aos 44 anos! E o primeiro romance foi publicado com 55 anos!! E o primeiro livro que foi um grande êxito e, porventura, a primeira chave para o prémio Nobel (Memorial do Convento) deu à luz quando o escritor tinha 60 anos.
Eu gostava de olhar para Portugal com esperança e não com fé. É que a primeira, está apoiada na qualidade dos homens que têm como missão governar. A todos os níveis. A segunda, está suportada nos milagres.
Sem dúvida, quando hoje olhamos para um cidadão ou cidadã com 50/60 anos, o quadro mais corrente é apresentarem sinais de afastamento da velhice, quer no aspecto físico, quer nos comportamentos sociais.
Num quadro destes, é de esperar que as entidades governamentais criem condições e desenvolvam estímulos na sociedade civil, para que ao prolongamento da actividade estejam associadas oportunidades de as desenvolverem.
Será que isto está a ser feito? Alguns sinais, dizem-me que não. Pelo menos, com a intensidade conveniente que a gravidade futura do problema representará se tal não for considerado prioritário! Um desses sinais é o de continuar a ser permitido que os anúncios de emprego refiram limites de idade. É evidente que quem contrata, tem todo o direito de fazer a escolha de acordo com os parâmetros que considera mais adequados ao preenchimento da vaga em causa. Mas, tal como se está impedido de discriminar o género, parece ser de seguir o mesmo critério para a idade.
Tudo isto vem a propósito de uma situação aberrante e que diz respeito ao anúncio do Prémio Literário José Saramago publicado em alguns jornais. Nele, o Regulamento diz a dado passo isto: “O Prémio distingue uma obra literária no domínio da ficção, romance ou novela, escrita em língua portuguesa, por escritor com idade não superior a 35 anos, ....”. O anúncio é subscrito pelo Ministério da Cultura!
Pasme-se! Não só se limita a idade de produção literária capaz, como se define uma idade que é muito típica nos anúncios que já não querem “velhos” com 36 anos ou mais anos! Com o apoio do Governo que entende - e bem - que os portugueses devem trabalhar até mais tarde.
Mas, escândalo, verdadeiro escândalo é que o dito prémio use o nome de um escritor cuja primeira obra divulgada é um poema que publicou aos 44 anos! E o primeiro romance foi publicado com 55 anos!! E o primeiro livro que foi um grande êxito e, porventura, a primeira chave para o prémio Nobel (Memorial do Convento) deu à luz quando o escritor tinha 60 anos.
Eu gostava de olhar para Portugal com esperança e não com fé. É que a primeira, está apoiada na qualidade dos homens que têm como missão governar. A todos os níveis. A segunda, está suportada nos milagres.
Confesso que, não acreditando em milagres, julgo que só lá iremos com alguns.
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