segunda-feira, abril 28, 2008

O PSD e os portugueses.

O maior problema do PSD estará em fazer a escolha do seu futuro líder, esquecendo que, a procura daquele, deveria ter em vista o que pensam os portugueses que votam no PSD. Nas últimas eleições foram 1 650 000.

Quando ouço alguns responsáveis do PSD (como hoje Marco António na SIC-N), fazerem um enorme ênfase na opinião das bases, denotando uma visão pobre, porque interna ao partido e regional, da importância nacional da eleição do líder do PSD, fico com a sensação de que o partido não tem cura.
Se assim for, em 2013, nem o PS será o mesmo. O leque partidário sofrerá uma significativa alteração.

quinta-feira, abril 24, 2008

Tiros certeiros (semana 16/2008).

Uma lista de interessantes artigos, publicados, esta semana, em blogues:

Classe Média dos EU sob pressão no Visto da Economia
Lá, tal como cá... no Rosamármore
O falhanço do Governo Sócrates n’O Insurgente
(Des) Acordo na Educação no Clube dos Pensadores
O Paraíso e a Gestão no Obvious
Punk marketing. Suplemento. No Origem das Espécies

Boa Leitura!

domingo, abril 20, 2008

Ser justo pode ser injusto

O Presidente da República produziu um enorme elogio a Alberto João Jardim. Na sequência, aliás, do que fez o Presidente da Assembleia da República. Logo, se as duas mais altas figuras do Estado o fazem, eu devo aceitar que a obra existe e é de facto muito positiva. E, por isso, será justo o elogio. Nem sequer, ousarei pôr em dúvida se, com os meios meios financeiros, alguém faria melhor. Foi Alberto João Jardim o, legitimamente, escolhido pelo povo madeirense, para usar os dinheiros que o Estado lhe concedeu. Também estes de forma legítima.

A única coisa que posso pôr em causa é a renúncia de Cavaco Silva a, de alguma forma, se insurgir contra a falta de educação e de respeito democrático que, tendo por base a sua visita, o Presidente do Governo Regional, teve para com os deputados da Madeira, também eles legitimamente eleitos. E, não o fazer, é injusto quando se está a apreciar o desempenho de Alberto João Jardim.

Seria o mesmo que a Federação Portuguesa de Futebol, fazer um jantar de homenagem a João Pinto, um brilhante jogador e com obra feita ao serviço da selecção e esquecer a sua folha disciplinar, nomeadamente, o murro a um árbitro, estando ao serviço da selecção do seu País.

Por maior que a obra seja nunca esconde os defeitos do seu artífice.

quarta-feira, abril 09, 2008

Um perdão imperdoável!

Li aqui que um conjunto de credores perdoou parte das dívidas da Câmara Municipal de Lisboa num montante conjunto muito significativo: 12 Milhões de euros. Achei estranha tamanha filantropia até ler no Blasfémias uma interessante explicação sobre algumas das entidades.

Fiquei então a saber que o 1º, 4º, 5º e 6º principal credor, são empresas total ou parcialmente detidas pela Câmara. Logo, à diminuição da dívida da Câmara, corresponde um prejuízo na empresa credora, o qual virá mais tarde a ser coberto pela Câmara. Ridículo.

Soube ainda, que no lote de “filantropos” estão empresas em que o Estado detém grande influência: EDP, CGD e PT. Que nada perdoam a cidadãos incumpridores. Vergonhoso!

E soube mais. Do lote fazem parte 6 empresas de construção. As quais ou estão a perdoar o que levaram a mais, ou, em antecipação, estão a melhorar a avaliação das suas propostas futuras para as obras que se avizinham. Em Lisboa e no País. Descaramento!

Quem não perdoa sou eu. Estupor de gente!