domingo, abril 20, 2008

Ser justo pode ser injusto

O Presidente da República produziu um enorme elogio a Alberto João Jardim. Na sequência, aliás, do que fez o Presidente da Assembleia da República. Logo, se as duas mais altas figuras do Estado o fazem, eu devo aceitar que a obra existe e é de facto muito positiva. E, por isso, será justo o elogio. Nem sequer, ousarei pôr em dúvida se, com os meios meios financeiros, alguém faria melhor. Foi Alberto João Jardim o, legitimamente, escolhido pelo povo madeirense, para usar os dinheiros que o Estado lhe concedeu. Também estes de forma legítima.

A única coisa que posso pôr em causa é a renúncia de Cavaco Silva a, de alguma forma, se insurgir contra a falta de educação e de respeito democrático que, tendo por base a sua visita, o Presidente do Governo Regional, teve para com os deputados da Madeira, também eles legitimamente eleitos. E, não o fazer, é injusto quando se está a apreciar o desempenho de Alberto João Jardim.

Seria o mesmo que a Federação Portuguesa de Futebol, fazer um jantar de homenagem a João Pinto, um brilhante jogador e com obra feita ao serviço da selecção e esquecer a sua folha disciplinar, nomeadamente, o murro a um árbitro, estando ao serviço da selecção do seu País.

Por maior que a obra seja nunca esconde os defeitos do seu artífice.

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