Li, aqui, que a polícia holandesa propôs, a partir de Setembro, a liberalização de sexo em parques públicos, dando sequência ao que já acontece em alguns, como o Vondelpark – o Parque Eduardo VII de Amsterdam – onde o sexo gay nocturno é habitual. O que mais me impressionou na notícia, foi o relato de um responsável político da cidade. Afirmou, segundo a versão portuguesa, que a razão para a liberalização estava na impossibilidade de impedir o que já é prática. A versão inglesa – que se pode ler aqui -, é um pouco mais explícita do pensamento do dito político. Diz ele: “Why should we try to impose something that is actually impossible to impose, which also causes little bother for others and for a certain group actually means much pleasure?".
Este raciocínio erra ao classificar o aborrecimento. Define-o como pequeno, o que poderá ser verdade para alguns. Para outros, será grande. Por outro lado, pela mesma ordem de ideias, muito do que hoje é considerado crime, teria de ser aceite, impunemente, pela sociedade! Assim como, deixaríamos de lutar contra a pedofilia, o comércio de seres humanos, a venda ilegal de armas, o tráfico de droga, a violência doméstica, etc. só porque estas existem e tem sido impossível bani-las?
Não sei se iremos ver, no futuro, em Portugal, políticos a defenderem esta “causa fracturante”. Se tal acontecer e vier a ser aprovada, voltaremos à Antiga Roma, onde era habitual o “latrinarium”, local público onde se defecava em conjunto. Sugiro que, por semelhança linguística e, para assinalar bem o local, se substitua a palavra “jardim” ou “parque” por “fodarium”. Seria bonito ouvir: “O Fodarium Eduardo VII”, “O Fodarium da Estrela”, “O Fodarium de Paranhos”, “O Fodarium da Cidade”.
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