A Propósito de Nicolau Santos
No seu artigo “Cem por Cento”, publicado no último “Expresso”, Nicolau Santos defende, indirectamente, o seguinte: a ética, o carácter e a seriedade moral dos políticos não são valores a ter em conta na sua avaliação. Nem na legitimidade do seu mandato. Como se demonstra.
Assumindo que há uma imagem de paralização governativa, Nicolau Santos pretende que a entrevista de Sócrates tenha sido o ponto final no assunto de forma a que “o Governo volte a governar”. Mesmo considerando que, como bem afirma Nicolau Santos, existam “várias perguntas por esclarecer e ideias que se confirmaram”. E, para ser mais explicíto, Nicolau Santos diz quais:
1 – O curso de Sócrates vale pouco, foi concluído numa universidade com pouca credibilidade e ele nunca pensou em exercê-lo.
2 – Não aceita o argumento de Sócrates sobre o processo informal de equivalências, referindo que serem estas definidas com base na palavra do aluno, não é possível em nenhuma universidade que se preze.
3 – Afirma, preto no branco, que Sócrates pretendeu passar por aquilo que não era e, mais tarde, arrependido, corrigiu o currículo na Assembleia.
Ou seja, para Nicolau Santos, o Primeiro-Ministro:
· Enganou-nos quando afirmava a importância dos seus estudos superiores;
· Foi imoral ao dar como sério o processo usado, por si, para obtenção de equivalências;
· Foi irresponsável ao definir a Universidade Independente como entidade idónea, nessa época;
· Teve conduta eticamente reprovável ao usar, oficialmente e com plena consciência, título a que não tinha direito.
Apesar de todas as conclusões a que chega, Nicolau Santos conclui que, as possíveis dúvidas sobre o carácter de Sócrates ou traços de personalidade só agora evidentes não interessam. Diz ele que a legitimidade do Primeiro-Ministro vem das eleições em que foi eleito.
Para Nicolau Santos, Sub-Director do semanário de maior expansão do país, qualquer cidadão pode desempenhar o cargo executivo de maior responsabilidade do país. Só precisa de ser eleito pela maioria. Se, após essa eleição, se vier a saber que pode não ter ética, pode não ter carácter, pode não ter seriedade moral, isso não importa. Os interesses da governação tudo justificam.
Pobre país que tais filhos gerou.
Assumindo que há uma imagem de paralização governativa, Nicolau Santos pretende que a entrevista de Sócrates tenha sido o ponto final no assunto de forma a que “o Governo volte a governar”. Mesmo considerando que, como bem afirma Nicolau Santos, existam “várias perguntas por esclarecer e ideias que se confirmaram”. E, para ser mais explicíto, Nicolau Santos diz quais:
1 – O curso de Sócrates vale pouco, foi concluído numa universidade com pouca credibilidade e ele nunca pensou em exercê-lo.
2 – Não aceita o argumento de Sócrates sobre o processo informal de equivalências, referindo que serem estas definidas com base na palavra do aluno, não é possível em nenhuma universidade que se preze.
3 – Afirma, preto no branco, que Sócrates pretendeu passar por aquilo que não era e, mais tarde, arrependido, corrigiu o currículo na Assembleia.
Ou seja, para Nicolau Santos, o Primeiro-Ministro:
· Enganou-nos quando afirmava a importância dos seus estudos superiores;
· Foi imoral ao dar como sério o processo usado, por si, para obtenção de equivalências;
· Foi irresponsável ao definir a Universidade Independente como entidade idónea, nessa época;
· Teve conduta eticamente reprovável ao usar, oficialmente e com plena consciência, título a que não tinha direito.
Apesar de todas as conclusões a que chega, Nicolau Santos conclui que, as possíveis dúvidas sobre o carácter de Sócrates ou traços de personalidade só agora evidentes não interessam. Diz ele que a legitimidade do Primeiro-Ministro vem das eleições em que foi eleito.
Para Nicolau Santos, Sub-Director do semanário de maior expansão do país, qualquer cidadão pode desempenhar o cargo executivo de maior responsabilidade do país. Só precisa de ser eleito pela maioria. Se, após essa eleição, se vier a saber que pode não ter ética, pode não ter carácter, pode não ter seriedade moral, isso não importa. Os interesses da governação tudo justificam.
Pobre país que tais filhos gerou.
1 comentário:
MARQUES MENDES nao foi tb prof na UNI? E desde quando uma licenciatura é suficiente para se leccionar numa universidade?
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