Sinais de fraqueza
Uma candidatura confirmada de Fernando Seara à Câmara de Lisboa é reveladora do que vai mal no PSD.
Por um lado, traduz uma enorme incoerência com a posição do partido aquando do abandono de Jorge Sampaio para este se candidatar à Presidência da República. As críticas do PSD foram muitas por aquele ter rompido o seu compromisso com os eleitores da cidade de Lisboa. E agora, o compromiso de Seara com os eleitores de Sintra, não interessa?
Por outro lado, demonstra a falta de quadros políticos competentes e capazes de desempenharem funções de elevada responsabilidade.
Como chegou o PSD a esta situação? E no PS, não será igual?
A confirmar-se a candidatura de António Costa o que leva um político a aceitar trocar o seu lugar de ministro por uma candidatura à presidência de uma câmara, mesmo que a maior do país? Não será dar razão aos que afirmam que ser presidente de câmara é ter mais poder que um ministro e com muito menos risco político? Será que isso prestigia a função de ministro?
O papel das juventudes partidárias em que o principal estímulo é um futuro “lugar ao sol” terá, seguramente, uma responsabilidade significativa no “tipo” de políticos em formação.
A falta de seriedade moral e não só de alguns dos que se dedicam à causa política, tem criado uma atmosfera tendente ao afastamento dos que não pretendem ser considerados “farinha do mesmo saco”.
A insuficiência das condições financeiras dos políticos, quando comparadas com funções de alta responsabilidade exercidas na função pública (é verdade!) e no sector privado, afastam os mais competentes e abrem portas à mediocridade.
A permanente perda de prestígio do “lugar político”, a perda da privacidade pessoal e familiar, a possibilidade de, sem motivo, ver o nome “na lama” na primeira página de um qualquer jornal, são motivos para não incentivar os melhores a desejar o exercício do poder político.
Estamos, assim, perante os sinais de fraqueza do nosso tempo político. Vindos dos dois partidos que representam o poder em Portugal. Passado. Presente. E, futuro?
Por um lado, traduz uma enorme incoerência com a posição do partido aquando do abandono de Jorge Sampaio para este se candidatar à Presidência da República. As críticas do PSD foram muitas por aquele ter rompido o seu compromisso com os eleitores da cidade de Lisboa. E agora, o compromiso de Seara com os eleitores de Sintra, não interessa?
Por outro lado, demonstra a falta de quadros políticos competentes e capazes de desempenharem funções de elevada responsabilidade.
Como chegou o PSD a esta situação? E no PS, não será igual?
A confirmar-se a candidatura de António Costa o que leva um político a aceitar trocar o seu lugar de ministro por uma candidatura à presidência de uma câmara, mesmo que a maior do país? Não será dar razão aos que afirmam que ser presidente de câmara é ter mais poder que um ministro e com muito menos risco político? Será que isso prestigia a função de ministro?
O papel das juventudes partidárias em que o principal estímulo é um futuro “lugar ao sol” terá, seguramente, uma responsabilidade significativa no “tipo” de políticos em formação.
A falta de seriedade moral e não só de alguns dos que se dedicam à causa política, tem criado uma atmosfera tendente ao afastamento dos que não pretendem ser considerados “farinha do mesmo saco”.
A insuficiência das condições financeiras dos políticos, quando comparadas com funções de alta responsabilidade exercidas na função pública (é verdade!) e no sector privado, afastam os mais competentes e abrem portas à mediocridade.
A permanente perda de prestígio do “lugar político”, a perda da privacidade pessoal e familiar, a possibilidade de, sem motivo, ver o nome “na lama” na primeira página de um qualquer jornal, são motivos para não incentivar os melhores a desejar o exercício do poder político.
Estamos, assim, perante os sinais de fraqueza do nosso tempo político. Vindos dos dois partidos que representam o poder em Portugal. Passado. Presente. E, futuro?
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