terça-feira, janeiro 22, 2008

Falta de credibilidade

Três figuras do estado português – Cavaco Silva, José Sócrates e Teixeira dos Santos -, pronunciaram-se sobre a actual crise financeira e a possibilidade de esta arrastar um difícil período económico para os países da UE. O Presidente da República, apoiado nos sólidos conhecimentos sobre a matéria, não teve qualquer dúvida em salientar que os efeitos negativos chegarão a Portugal; o Ministro das Finanças, socorrendo-se das privilegiadas informações que o seu cargo implica, deixou claro que a crise também chegará ao nosso país, mas que este está razoavelmente preparado para diminuir o seu impacto; O Primeiro-Ministro, sem apoio em conhecimentos económicos específicos e sem análise profunda das informações ao seu dispor, fez o que lhe vem sendo habitual: um spot publicitário sobre a excelência da sua governação. A qual, segundo ele, preparou o país para um eventual embate com a crise! Será que Sócrates ainda acredita ser credível junto dos portugueses? Depois de tanta promessa não cumprida? Julgará, ele, ter o passado adequado para fazer a gestão de expectativas dos agentes económicos?

terça-feira, janeiro 15, 2008

Mudança de título do Prós e Contras.

É tão frequente a ida de ministros e secretários de estado em dificuldades ao Prós e Contras (provavelmente a pedido do Governo) que julgo estar desactualizado o título do programa. Por isso, sugiro alguns nomes mais apropriados:

1 - Nós e os Outros;
2 – Tomai lá do Governo!
3 – A grande farra;
4 - Peça que o Governo transmite;
5 – O Planeta dos Macacos;
6 – Limpeza Total

Qualquer deles é mais explícito quanto aos objectivos do programa.

domingo, janeiro 13, 2008

Jerónimo de Sousa sobre o Benfica?

Afirmou Jerónimo na Anadia:
"Lá, no nosso partido, dizemos que: quem luta, nem sempre ganha; quem não luta, perde sempre".
Grande verdade. A ser analisada na Luz!

quarta-feira, janeiro 09, 2008

Uma mentira, uma traição, uma covardia.

A decisão de não referendar o Tratado Europeu revolta-me, pela mentira. Enoja-me, pela traição. Entristece-me, pela covardia.

A revolta, surge da mentira descarada de José Sócrates. Para justificar a sua atitude, diz que a sua promessa de referendo foi em relação a um outro tratado. Mente e tenta fazer de nós estúpidos. Trata os portugueses como mentecaptos. Todos, inclusive os apoiantes do PS. Como pode Portugal progredir com um 1º Ministro assim? O carácter já não conta? A seriedade moral já não é uma virtude?

O nojo, advém da traição de Filipe Menezes aos votantes no PSD nas últimas eleições. Que votaram neste partido com a convicção de que, o referendo definido no seu programa eleitoral, seria defendido, mesmo que houvesse mudança de líder. Quem se julga este homem para rasgar compromissos que são o principal cimento da continuidade partidária? Como pode Portugal progredir com um líder da oposição assim?

A tristeza, tem motivo na covardia de Cavaco Silva. Com receio de que o referendo – instrumento que, justiça lhe seja feita, nunca apoiou - pudesse ser não vinculativo ou, na pior das hipóteses, rejeitasse o tratado, colocou de parte uma das mais importantes ideias que defendeu na sua campanha eleitoral: a da sua exigência quanto ao cumprimento das promessas dos políticos, como forma indispensável de moralizar a política. Ora, Cavaco Silva – em quem votei – tem plena consciência da forma grosseira como os políticos ultrapassaram esse princípio ético. Como pode Portugal progredir com um Presidente da República assim?

Fica uma última pergunta: Porque não se uniram estes três responsáveis pelo nosso pobre país e, decidindo fazer um referendo, usarem todos os meios para convencerem os portugueses a ir votar, explicando o quanto é indispensável estar na União Europeia e, por isso, dizer sim ao tratado?

Portugal arrasta-se, empurrado por políticos incompetentes, para o abismo. A esperança de um país melhor esvai-se. Vivemos de aparências, até à falência final. Os sonhos do pós 25 de Abril, do pós adesão europeia, lentamente vão saindo da memória. Será que esta é a democracia defendida pelos nossos pais? Será que esta é a democracia que deixaremos aos nossos filhos? Se é, pobres filhos.