Distracções úteis
Fiz um inventário daquilo que tem ocupado, na última semana, televisões, rádios, jornais, internet e blogues. São as eleições no PSD, a selecção portuguesa de râguebi, o milagre de Fátima, a “ressurreição” de Santana Lopes, o castigo de Scolari, o desemprego de Mourinho, a Cimeira Europa-África, o duplo suicídio por amor, a ditadura em Myanmar, o assassínio de homossexuais no Irão e, por último a crise no mercado financeiro. Não dei grande importância às sagas Maddie e Esmeralda. Outros capítulos virão. E não achei estranho o silêncio sobre os processos Casa Pia e Apito Dourado. Na verdade estamos aqui. Porquê estranhar?
Mas, neste emaranhado, a que funcionou, para mim, como um sino foi a posse do novo Director Geral das Contribuições e Impostos. É que lembrou-me o IVA. Que, nos últimos anos, teve dois aumentos. O último em 2005, com a promessa de que só estaria em vigor até 2009. O primeiro, no orçamento rectificativo de 2002. Ambos com o objectivo de integrar um conjunto de medidas destinadas à contenção do déficit.
Ora, de acordo com as projecções do Governo, o déficit previsto para 2008 estará dentro dos limites determinados pela UE. Sendo assim, será que o Orçamento para 2008, irá contemplar a baixa do IVA para 17%, eliminando os dois aumentos de 2%+ 2% por falta de razão para os manter?
Na verdade, tem sido muito útil manter distraído os portugueses com tantos acontecimentos. Útil para o Governo. Quem é que no meio de tanta notícia se vai lembrar de que as razões que motivaram a subida do IVA, não existirão em 2008?
Mas, neste emaranhado, a que funcionou, para mim, como um sino foi a posse do novo Director Geral das Contribuições e Impostos. É que lembrou-me o IVA. Que, nos últimos anos, teve dois aumentos. O último em 2005, com a promessa de que só estaria em vigor até 2009. O primeiro, no orçamento rectificativo de 2002. Ambos com o objectivo de integrar um conjunto de medidas destinadas à contenção do déficit.
Ora, de acordo com as projecções do Governo, o déficit previsto para 2008 estará dentro dos limites determinados pela UE. Sendo assim, será que o Orçamento para 2008, irá contemplar a baixa do IVA para 17%, eliminando os dois aumentos de 2%+ 2% por falta de razão para os manter?
Na verdade, tem sido muito útil manter distraído os portugueses com tantos acontecimentos. Útil para o Governo. Quem é que no meio de tanta notícia se vai lembrar de que as razões que motivaram a subida do IVA, não existirão em 2008?