quarta-feira, janeiro 09, 2008

Uma mentira, uma traição, uma covardia.

A decisão de não referendar o Tratado Europeu revolta-me, pela mentira. Enoja-me, pela traição. Entristece-me, pela covardia.

A revolta, surge da mentira descarada de José Sócrates. Para justificar a sua atitude, diz que a sua promessa de referendo foi em relação a um outro tratado. Mente e tenta fazer de nós estúpidos. Trata os portugueses como mentecaptos. Todos, inclusive os apoiantes do PS. Como pode Portugal progredir com um 1º Ministro assim? O carácter já não conta? A seriedade moral já não é uma virtude?

O nojo, advém da traição de Filipe Menezes aos votantes no PSD nas últimas eleições. Que votaram neste partido com a convicção de que, o referendo definido no seu programa eleitoral, seria defendido, mesmo que houvesse mudança de líder. Quem se julga este homem para rasgar compromissos que são o principal cimento da continuidade partidária? Como pode Portugal progredir com um líder da oposição assim?

A tristeza, tem motivo na covardia de Cavaco Silva. Com receio de que o referendo – instrumento que, justiça lhe seja feita, nunca apoiou - pudesse ser não vinculativo ou, na pior das hipóteses, rejeitasse o tratado, colocou de parte uma das mais importantes ideias que defendeu na sua campanha eleitoral: a da sua exigência quanto ao cumprimento das promessas dos políticos, como forma indispensável de moralizar a política. Ora, Cavaco Silva – em quem votei – tem plena consciência da forma grosseira como os políticos ultrapassaram esse princípio ético. Como pode Portugal progredir com um Presidente da República assim?

Fica uma última pergunta: Porque não se uniram estes três responsáveis pelo nosso pobre país e, decidindo fazer um referendo, usarem todos os meios para convencerem os portugueses a ir votar, explicando o quanto é indispensável estar na União Europeia e, por isso, dizer sim ao tratado?

Portugal arrasta-se, empurrado por políticos incompetentes, para o abismo. A esperança de um país melhor esvai-se. Vivemos de aparências, até à falência final. Os sonhos do pós 25 de Abril, do pós adesão europeia, lentamente vão saindo da memória. Será que esta é a democracia defendida pelos nossos pais? Será que esta é a democracia que deixaremos aos nossos filhos? Se é, pobres filhos.

2 comentários:

A Menina da Lua disse...

JFR

Então!então! logo hoje que resolvi visitá-lo por aqui, dou consigo neste desassossego político?:)

Sabe! cada vez a margem para decisão de quem decide é menor...mas em contrapartida os factores de turbulência e imprevisibilidade são maiores...

Se não houver "fortalezas" pessoais e interiores onde nos suportarmos, não há quem aguente...e com isto refiro-me evidentemente, pelo menos, a princípios e a valores fundamentais...

Não desanime! quem sabe isto tenha o seu próprio sentido:)

Fique bem.

ASPÁSIA disse...

CARO AMIGO, DEIXO VOTOS DE UM BOM ANO 2008 PARA SI, APESAR DO MAL QUE VAI ESTE PAÍS :(...

UM ABRAÇO.