segunda-feira, julho 04, 2005

CANDIDATOS DISPENSADOS

Diariamente, sou surpreendido com notícias que empobrecem o meu conceito sobre os políticos. Os de hoje, mas, também, alguns de ontem. São orçamentos errados; estudos que se presumiriam exactos, com erros; são as permanentes provocações e faltas de educação de um responsável de uma região de Portugal; é a falta de vergonha de quem promete em período eleitoral uma coisa para depois fazer outra (argumentando um desconhecimento sobre a situação do país que - a ser verdade - o tornaria incapaz como candidato), etc. Tudo isto se vai aguentando. Mas, hoje, ao saber que os candidatos autárquicos, não só os efectivos mas também os suplentes, são dispensados, durante um mês, das suas obrigações profissionais, privadas ou públicas e são pagos pela sua entidade patronal, senti que há muito nas decisões políticas, tomadas ao longo dos anos que se vão mantendo em sigilo, num conluio entre políticos e a comunicação social que envergonha o país na sua totalidade. É que os políticos que produzem monstruosidades destas são eleitos por todos nós. E a comunicação social, que não comenta (em tempo útil) nem insiste na divulgação destes atentados ao bom senso e à moral política, só existe porque nós compramos os seus jornais, vemos os seus canais de televisão e ouvimos os seus programas de rádio.
Continuo a afirmar que o principal problema de Portugal é de competência. Também esta tem sido dispensada.

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