sexta-feira, maio 18, 2007

Não há coincidências

Maria Antónia Palla foi uma conceituada jornalista. Foi membro da direcção do Sindicato dos Jornalistas. Ainda hoje, é corrente a sua colaboração com jornais. Preside, também, à Caixa de Previdência dos Jornalistas. Distinguiu-se na luta pela liberdade de informação (ainda antes do 25 de Abril) e na defesa dos direitos das mulheres. Foi absolvida em tribunal (1979) por defender – num programa em que era co-autora na RTP - que o aborto não é crime. É, portanto, alguém com particular significado na área dos média. De certo, justamente, admirada por muitos jornalistas.

António Costa é o actual candidato do PS à Câmara de Lisboa. Dele, tem dito a Comunicação Social - directamente ou dando um excelente eco a afirmações de terceiros - ser um excelente candidato, um notável político, um dos melhores políticos da sua geração, um político com provas dadas, etc.. Uma maré de adjectivos para os associar ao candidato. Que, até hoje, já desempenhou as funções de Deputado, Deputado europeu, Ministro da Justiça e Ministro da Administração Interna. Sem que eu conheça nada de relevante de que, ainda hoje e no futuro Portugal beneficie. Se alguém souber de algo verdadeiramente importante e concreto, agradeço que me contacte.

Como deputado terá, se o foi, sido assíduo e cumprido a disciplina partidária. Logo, nada de seu muito específico! Como Ministro da Justiça estamos conversados. Por aquilo que é hoje esse grave problema de Portugal, não terá deixado nada para a posteridade com impacto na melhoria do quadro da justiça no nosso país.! Como Ministro da Administração Interna a segurança, as autarquias, a reestruturação das forças policiais, a política territorial, a defesa das florestas (as medidas ao nível dos incêndios ainda não estão testadas), etc., não indicam nada de determinantemente relevante.

António Costa é filho de Maria Antónia Palla. Será que há aqui alguma razão objectiva para o “endeusamento” do candidato por parte de jornalistas, comentadores e até de alguns políticos (do politicamente correcto)?

PS: Não sou parte, directamente, interessada nas eleições de Lisboa. Felizmente não vivo em Lisboa. Se vivesse, com os problemas existentes na Câmara – só resolúveis com políticas a 10 anos – e com a séria limitação futura, decorrente do fecho do aeroporto da Portela, emigraria para um outro município.

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